Transtorno Dismórfico Corporal ou Síndrome da Distorção da Auto Imagem
A dismorfofobia, também denominada transtorno dismórfico corporal ou síndrome da distorção da imagem, é um transtorno psicológico caracterizado pela preocupação obsessiva com algum defeito inexistente ou mínimo na aparência física. Esta fobia de ter um aspecto anormal é observada com mais frequência nos adolescentes, de ambos os sexos, estando relacionada com as transformações ocorridas na puberdade. Pode ocorrer também em adultos ( neste caso com mais frequência em mulheres, embora homens também sejam acometidos)
O diagnóstico pode ser um desafio, pois na sociedade atual os sintomas são semelhantes a uma vaidade excessiva. Uso exagerado de cosméticos para disfarçar imperfeições, cuidados exagerados com os cabelos, dietas inconsequentes, bulimia, anorexia, exercícios exagerados, uso de roupas que escondem o corpo são algumas das características destes pacientes.
Sua causa é bastante discutível. Pode ser gerada por uma baixa autoestima, pode ser decorrente de uma infância deficiente de carinho e de aprovação levando a uma autocrítica destrutiva ( reflexo de crítica excessiva dos pais), de sentimentos de abandono, ou mesmo por causas orgânicas, agravados pela grande exibição de figuras humanas padronizadas pelos meios de comunicação.
Na sociedade atual, a forma mais frequente de dismorfofobia é em relação ao peso corporal. Pessoas com peso adequado para sua altura e faixa etária consideram-se acima do peso, submetendo-se a regimes de fome, uso de medicamentos, vômitos forçados e exercícios físicos em excesso.
Outras formas de dismorfofobia consistem em : valorização excessiva de cicatrizes e marcas mínimas e praticamente imperceptíveis ( a pessoa se sente deformada, sente que a lesão é vista por todos e que ela atrapalha sua vida, como consequência evitando sair de casa, ou abusando de maquiagens corretivas) , procura doentia por tratamentos estéticos ( cirurgias plásticas, tratamentos de rejuvenescimento), ideação irreal de envelhecimento(uma mulher de 40 anos, por exemplo, que se considera tão enrugada e envelhecida como uma de 90).
A característica principal da dismorfofobia é que a opinião do paciente, a respeito de sua própria aparência não é compartilhada pela opinião geral do meio em que vive. No entanto, o paciente não enxerga que ele é absolutamente normal, e insiste em sua ideação de inadequação física, resistente a argumentações.
Entre estes pacientes, figuram os principais responsáveis pela procura de cirurgiões plásticos e de dermatologistas para tratamentos estéticos, que acabam não ficando satisfeitos com tratamento algum ( uma vez que o problema está em sua própria auto-aceitação, e não no tratamento), e que acabam gerando uma série de denúncias infundadas contra estes profissionais, a quem acabam por culpar por não terem atingido a estética que idealizaram para si.
O tratamento é bastante difícil, pois grande parte dos pacientes não se aceita portador deste diagnóstico. A maioria justifica-se como sendo "vaidosa" e classifica-se positivamente quanto a cuidar da aparência. No entanto, para o paciente, a dismorfofobia é fonte de grande sofrimento e angústia com sua aparência própria.
O tratamento consiste em psicoterapia, longa e trabalhosa, e muitas vezes é necessário o uso de medicamentos para apoio dos sentimentos depressivos que acompanham o quadro.
Consiste, então, em um processo de deslocamento de intensidade psíquica que é resultado da ação de uma força psíquica que atuará em dois sentidos: retirando a intensidade de elementos que possuem alto valor psíquico (TRAUMA RECALCADO DURANTE O PROCESSO DE INDIVIDUAÇÃO = ETIOGENIA PSÍQUICA) e criando, a partir de elementos com baixo valor psíquico, novos valores que vão penetrar no conteúdo inconsciente. Juntamente com o processo de condensação (FORMAÇÃO DO MECANISMO COMPENSATÓRIO DEFENSIVO PSICONEURÓTICO = SINTOMATOLOGIA COMPORTAMENTAL), o deslocamento é um dos fatores dominantes que determinam a diferenciação entre o pensamento inconsciente e o conteúdo dos inconsciente.
O tratamento consiste em psicoterapia, longa e trabalhosa, e muitas vezes é necessário o uso de medicamentos para apoio dos sentimentos depressivos que acompanham o quadro. Sua abordagem constituirá fundamentalmente na projeção da auto imagem que o paciente faz de si mesmo de forma a visualizar no seu "defeito" físico a manifestação do sentimento de culpa por não ser suficientemente competente em satisfazer os anseios de seus objetos de afeto fundamentais primários, (sempre na infância),elaborando esta incapacidade como falha e concorrentemente, defeito projetado na sua constituição física de alguma forma. A compensação corretiva manifesta nos recursos cosméticos e cirúrgicos de pequena e grande monta invasiva serão no primeiro momento satisfatórios no sentido de corrigir seu "defeito", porém, a médio e longo prazo constituirá nova frustração, pois tenta corrigir uma imperfeição que na realidade não existe, mas sim, se apresenta aos olhos do paciente como materialização ao seu sentimento de imperfeição e concorrente culpa e inferiorização frente ao meio social, afetivo e desejo.
Para maior entendimento assista ao programa da National Geographic Channel em: http://www.natgeo.com.br/taboo
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